quarta-feira, 5 de maio de 2010


“Sentava-se no mar até seu vestido crescercomo crescem as papoulas vistas num rio.Sentia os plânctons dourarem seu ventre.Seu ventre como pedra ancoradadesejando chuvas.Sentia-se embebida no sargaçono cheiro intolerável das coisas restando.Quanto mais a brisa vinhamais descia seu corpo de mil tentáculos nascendoe se afogava.”

Foto:Araquem Alcântara
Poema: Luciana Marinho

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