quinta-feira, 6 de maio de 2010

“Há sempre alguém que não vemos nos doando flores. Este pensamento trouxe o infinito para o peito dela e um deixar-se ali onde o humano cresce livre da morte do silêncio. Da morte da partilha. Da morte da solidão. Ela aninha-se na palma da mão da humanidade. O sagrado move-se em suas artérias como nos olhos dos apartados, dos feridos, dos sem céu. Ela aninha-se na respiração profunda das árvores. Caminha junto ao martírio dos cravos. Atravessa os inquebrantáveis em suas verdades. Atravessa os tolerantes entre iguais. Atravessa os catalogadores de seres. Descansa onde o bico do pássaro recolhe a seiva. E flores.
(Mundos Invisíveis, por Luciana Marinho)
Foto: João Evangelista

2 comentários:

  1. sônia, que surpresa encontrar textos meus por aqui! fico grata. gostei de teu blog, de tuas escolhas. voltarei com mais calma.

    um abraço!

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  2. Luciana, sou amante da poesia... descobri seu blog por acaso! Depois disso, sempre faço uma visita à "Máquina Lírica" (belo nome)para contemplar seus poemas; os quais me identifico muito.

    um abraço!

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