No princípio era assim....
Notas do meu canto
"...e me depositem também numa canoinha de nada, nessa água, que não pára, de longas beiras: e, eu, rio abaixo, rio acima, rio adentro-o rio." Guimarães Rosa.
quinta-feira, 1 de dezembro de 2011
quinta-feira, 29 de setembro de 2011
terça-feira, 27 de setembro de 2011
quinta-feira, 15 de setembro de 2011
Fotografia: B. Berenika
Não sei quantas almas tenho.
Cada momento mudei.
Continuamente me estranho.
Nunca me vi nem acabei.
De tanto ser, só tenho alma.
Quem tem alma não tem calma.
Quem vê é só o que vê,
Quem sente não é quem é,
Atento ao que sou e vejo,
Torno-me eles e não eu.
Cada meu sonho ou desejo
É do que nasce e não meu.
Sou minha própria paisagem;
Assisto à minha passagem,
Diverso, móbil e só,
Não sei sentir-me onde estou.
Por isso, alheio, vou lendo
Como páginas, meu ser.
O que segue não prevendo,
O que passou a esquecer.
Noto à margem do que li
O que julguei que senti.
Releio e digo : "Fui eu ?"
Deus sabe, porque o escreveu.
Cada momento mudei.
Continuamente me estranho.
Nunca me vi nem acabei.
De tanto ser, só tenho alma.
Quem tem alma não tem calma.
Quem vê é só o que vê,
Quem sente não é quem é,
Atento ao que sou e vejo,
Torno-me eles e não eu.
Cada meu sonho ou desejo
É do que nasce e não meu.
Sou minha própria paisagem;
Assisto à minha passagem,
Diverso, móbil e só,
Não sei sentir-me onde estou.
Por isso, alheio, vou lendo
Como páginas, meu ser.
O que segue não prevendo,
O que passou a esquecer.
Noto à margem do que li
O que julguei que senti.
Releio e digo : "Fui eu ?"
Deus sabe, porque o escreveu.
“Oh, vida, das perguntas desses recorrentes
dos infindáveis trens dos incrédulos
das cidades repletas de tolos;
o que há de bom nisso tudo, oh, vida
Que você está aqui;
que existe vida e identidade;
que o poderoso jogo continua
e você pode contribuir com um verso...”
Whitt Whitmam
segunda-feira, 15 de agosto de 2011
O cerrado brilha diante dos olhos!
Fotografias: Sônia Rodrigues
Parafraseando um grande poeta amigo Moisés Augusto Gonçalves, in "A Rebeldia e o Sonho"
Cerrado é pra brilhar...
sexta-feira, 5 de agosto de 2011
segunda-feira, 1 de agosto de 2011
domingo, 17 de julho de 2011
domingo, 1 de maio de 2011
segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011
Um fim de tarde em Minas
Minas,
Não há só vilas em Minas
há outros códigos e cânones
outros nomes e signos
outros signatários e insídias
outros assombros...
...há outros hábitos e sinos
outros sítios e álibis
outros sons
outras situações
outras insônias
e insolvências...
...outros labirintos
há outros muros e mitos
outras vidas assimétricas...
Texto: João Evangelista
Do livro Transversias (2002)
Fotografias: Sônia Rodrigues
sábado, 5 de fevereiro de 2011
"Um céu numa flor silvestre"
Conhece-se a beleza dádiva dos deuses por aquilo que
ela produz na alma dos homens.
Quem é possuído por ela entra em êxtase:
cessa o riso, cessa o choro, o pensamento pára,
a fala emudece.
É mística.
A alma está tomada pela felicidade
da tranqüilidade absoluta.
Era assim que se sentia o Criador ao contemplar,
ao final de cada dia de trabalho,
o resultado da sua obra:
“Está muito bom!
Do jeito que deveria ser!
Nada há de ser modificado!
Amém!”
Fotografias: Sônia Rodrigues
Poema: Rubens Alves
segunda-feira, 24 de janeiro de 2011
Pintura sobre tela
Pintura: Rômulo Bruzzi
"Saudade das horas em claro olhando um corpo inteiro
envolvido em pinceladas.
Hoje, os pincéis também descansam"...
domingo, 9 de janeiro de 2011
quarta-feira, 5 de janeiro de 2011
sábado, 11 de dezembro de 2010
a caminho do mar... lá vou eu...
Praia do Rio da Barra fica no caminho para Arraial d'Ajuda
Foto: Jota Freitas (Bahiatursa)
feriasbrasil.com.br
sexta-feira, 19 de novembro de 2010
segunda-feira, 15 de novembro de 2010
quarta-feira, 10 de novembro de 2010
Desconheço o autor da belíssima foto
“(...) a solidão ainda vai ter de aprender muito para saber o que é isso, Sempre vivi só, mas a solidão não é sermos capazes de fazer companhia a alguém ou a alguma coisa que está dentro de nós, a solidão não é uma árvore no meio duma planície onde só ela esteja, é a distância entre a seiva profunda e a casca, entre a folha e a raiz”.
José Saramago, O ano da morte de Ricardo Reis
domingo, 15 de agosto de 2010
Tecendo as notas do meu canto
Foto: Gregory Colbert
Para Soninha
Notas de meu canto e mil segredos;
notas de meus prantos,
de meus exílios e desterros;
de minhas loucuras tantas,
de lábios que beijam os olhos da lua;
notas de meus encantos,
molhadas de vida,
cintilantes,
floridas,
de carne,
de pano.
Notas tecidas aos pés da serra,
no calor da água fria e das gentes.
Pluma que voa em busca de corações...
notas de meus prantos,
de meus exílios e desterros;
de minhas loucuras tantas,
de lábios que beijam os olhos da lua;
notas de meus encantos,
molhadas de vida,
cintilantes,
floridas,
de carne,
de pano.
Notas tecidas aos pés da serra,
no calor da água fria e das gentes.
Pluma que voa em busca de corações...
Moisés Augusto Gonçalves
quinta-feira, 6 de maio de 2010
“Há sempre alguém que não vemos nos doando flores. Este pensamento trouxe o infinito para o peito dela e um deixar-se ali onde o humano cresce livre da morte do silêncio. Da morte da partilha. Da morte da solidão. Ela aninha-se na palma da mão da humanidade. O sagrado move-se em suas artérias como nos olhos dos apartados, dos feridos, dos sem céu. Ela aninha-se na respiração profunda das árvores. Caminha junto ao martírio dos cravos. Atravessa os inquebrantáveis em suas verdades. Atravessa os tolerantes entre iguais. Atravessa os catalogadores de seres. Descansa onde o bico do pássaro recolhe a seiva. E flores.”
(Mundos Invisíveis, por Luciana Marinho)
Foto: João Evangelista
Foto: João Evangelista
quarta-feira, 5 de maio de 2010
“Sentava-se no mar até seu vestido crescercomo crescem as papoulas vistas num rio.Sentia os plânctons dourarem seu ventre.Seu ventre como pedra ancoradadesejando chuvas.Sentia-se embebida no sargaçono cheiro intolerável das coisas restando.Quanto mais a brisa vinhamais descia seu corpo de mil tentáculos nascendoe se afogava.”
Foto:Araquem Alcântara
Poema: Luciana Marinho
sexta-feira, 30 de abril de 2010
Quero demais, exijo demais,
Há em mim uma sede de infinito,
Uma angústia constante que nem eu mesma compreendo,
Pois estou longe de ser uma pessimista;
Sou antes uma exaltada, com uma alma intensa, violenta, atormentada.
Uma alma que não se sente bem onde está, que tem saudade...
Sei lá de quê!"'
Florbela Espanca
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